Luto
Em noites de sombras densas e frias,
O luto se entrelaça às almas vazias.
Um véu negro cobre nossos olhares,
Lágrimas escuras, em nossos altares.
Sob a luz da lua que triste seduzia
Lamentamos a perda, na noite sombria.
Nossos corações pesam como chumbo na guerra
No reino do luto, somos reféns de uma terra
As velas queimam em silêncio profundo,
Revelando segredos que o tempo levou.
A dor, como névoa, nos envolve e consome,
Em nosso castelo de tristeza, sem nome.
Os corvos crocitam em árvores mortas,
Testemunhas do luto, de todas as portas.
O eco do sofrimento ressoa no ar,
Da dança macabra, ninguém pode escapar.
Mas no luto, também há espaço para o amor,
Memórias vivas que duram além da dor.
No abraço da noite, na escuridão profunda,
Encontramos a força de uma alma moribunda.
E assim, no reino do luto e do ardor,
Continuamos a jornada, até mesmo sem cor.
Com respeito aos que partiram, continuamos a viver,
Em busca de luz, no escuro, a renascer.