Manuela Lira
1 min readJun 26, 2024

Luto

Em noites de sombras densas e frias,

O luto se entrelaça às almas vazias.

Um véu negro cobre nossos olhares,

Lágrimas escuras, em nossos altares.

Sob a luz da lua que triste seduzia

Lamentamos a perda, na noite sombria.

Nossos corações pesam como chumbo na guerra

No reino do luto, somos reféns de uma terra

As velas queimam em silêncio profundo,

Revelando segredos que o tempo levou.

A dor, como névoa, nos envolve e consome,

Em nosso castelo de tristeza, sem nome.

Os corvos crocitam em árvores mortas,

Testemunhas do luto, de todas as portas.

O eco do sofrimento ressoa no ar,

Da dança macabra, ninguém pode escapar.

Mas no luto, também há espaço para o amor,

Memórias vivas que duram além da dor.

No abraço da noite, na escuridão profunda,

Encontramos a força de uma alma moribunda.

E assim, no reino do luto e do ardor,

Continuamos a jornada, até mesmo sem cor.

Com respeito aos que partiram, continuamos a viver,

Em busca de luz, no escuro, a renascer.